Liderança, cultura, desenvolvimento de times e produtividade para crescimento sustentável.

Esqueça o happy hour: a nova atividade de integração é um treino HIIT

A cultura do bem-estar já invadiu o ambiente corporativo. Cada vez mais empresas estão optando por aulas de exercício em grupo como forma de integração entre equipes — e a experiência tem sido bem diferente de um tradicional encontro para beber. Joseph Dube, por exemplo, relatou ter participado de uma aula de bootcamp estilo HIIT com colegas da KraneShares em Nova York: mesmo sem ser frequentador assíduo de academia, saiu da sessão cansado e dolorido por dias, mas surpreendentemente mais próximo dos colegas e acreditando que a experiência foi mais proveitosa do que um happy hour.

As iniciativas variam: desde empresas de cerca de 30 funcionários como a KraneShares, até ações maiores como o dia de bem-estar da agência Woods & Co., com caminhada no Central Park e partidas de pickleball, ou um “field day” promovido pela fundadora da fintech Biller Genie, com corrida de três pernas, cabo de guerra e wakeboard para 80 funcionários. A tendência aparece em diferentes formatos — aulas pop-up, estúdios privados, ou academias sofisticadas dentro do próprio escritório — mostrando que práticas de movimento estão se tornando parte da estratégia de cultura organizacional.

Do lado dos prestadores de serviço, a demanda corporativa subiu. Redes de HIIT como a Barry’s relataram aumento de reservas privadas e eventos corporativos, com crescimento de 55% neste ano em comparação a 2024, enquanto treinadores do F45 perceberam crescimento nas demandas para eventos e convenções. Profissionais de comunicação e RH apontam que, além de ser uma alternativa atraente para quem não quer ir a um jantar ou bar, aulas de exercício oferecem um benefício pessoal real e são uma ferramenta para estimular a volta ao escritório — “pop-up workouts” ajudam a tornar o dia presencial mais atrativo e valioso.

Além do aspecto prático, há evidências de que mover-se em conjunto fortalece vínculos. Um estudo da Universidade de Oxford de 2016 mostrou que movimentos energéticos ou sincronizados aumentam a sensação de proximidade entre pessoas. No dia a dia, funcionários da KraneShares contam que, quando um exercício fica difícil, o grupo se ajuda, o que favorece engajamento e retenção — e, na visão de gestores, pode se traduzir em melhor performance. Relatórios, como o Future of Wellness da McKinsey, também indicam que Geração Z e millennials lideram essa mudança de prioridades, preferindo experiências de bem-estar em vez de saídas exclusivamente sociais.

Convido você a considerar como movimentos coletivos podem transformar a cultura da sua equipe: será que trocar um happy hour por uma sessão de exercícios pode melhorar a conexão e a produtividade no seu time? Teste, observe os resultados e ajuste conforme a resposta dos colaboradores.

Este artigo é uma adaptação livre baseada em conteúdo publicado originalmente na(o) Business Insider. Para ler o original (em inglês), acesse: https://www.businessinsider.com/companies-opt-for-team-bonding-workout-classes-over-happy-hour-2025-10.